Ontem não votei em candidato algum para as eleições Europeias 2009. Ainda procurei alguma explicação para a diferença, mas nada me esclareceu. A melhor definição foi a do Jorge:
Abstenção: Não tem efeito prático na eleição de ninguém e em termos políticos é interpretado como desleixo do eleitor (é mau para o eleitor);
Voto em branco: Não tem efeito prático na eleição de ninguém e em termos políticos é interpretado como a não aceitação de nenhum dos candidatos, ou seja, eu fui votar, mas não escolhi nenhum daqueles, nenhum serve (é mau para todos os candidatos);
Primeira parte “Não tem efeito prático na eleição de ninguém” é igual em ambos.
E depois tem “em termos políticos”. E aqui termos políticos do que li/ouvi depende da pessoa e ao fim não tem significado prático. Apenas estatístico.
Por isso tentando ver isto logicamente parece que estão a dizer que 2+2+2+2+2 é diferente de 2 x 5. Para mim é igual, excepto que num caso perco mais tempo e gasto mais papel.
E não era difícil eu votar num político nas Europeias, mas para mim um bom político tem de saber comunicar e pelo menos apresentar um argumento. Eu vi centenas de publicidades, e não vi um único argumento concreto. Apenas críticas e palha.
Ouvi o Jerónimo de Sousa dizer “bipolarização dinâmica pendente” e por momentos pensei que tinha mudado para o Discovery. Bastava um cartaz a dizer “Legalizar a prostituição na Europa” e eu votava logo nesse. Acho que está na hora de descontarem também. E não, não sou frequentador.
Quando se fala em não votar parece que se está a dizer que se é favor da SIDA mas ninguém explica concretamente porquê. Para mim concreto é um decreto-lei que diferencie voto em branco de abstenção ou algo parecido, mas não consigo encontrar. Se alguém me conseguir esclarecer agradeço.
Assertivo como sempre o meu amigo Artur, e, honestamente, não consigo retirar-te razão. Nem vou debitar letras secas ao sol. Apenas acho que a terceira idade que vigora nesta política nacional precisa de um banquinho à sombra e uma reforma definitiva. Em todos os sentidos. Os tempos são outros, as ideias também deviam ser. As mentalidades de há 20 anos não se coadunam no presente.
Yup, gente nova competente era porreiro. Isso ou filhas de presidentes, pilotos de rally ou modelos. Grande moda na Europa =p